*Programa de Pós-graduação em Geografia (PPGEO/UEPG)
Prof. Dr. Almir Nabozny Prof. Dr. Nicolas Floriani
*Programa de Pós-graduação em Sociologia (PGSOCIO/UFPR)
Prof. Dr. Dimas Floriani
*Programa de Pós-graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento PPGMADE (UFPR)
Prof. Dr. Dimas Floriani
*Programa de Pós-graduação em Geografia PPGEO (UNIR)
Prof. Dr. Adnilson de Almeida Silva
*Programa de Pós-graduação em Geografia (PPGEO-UEMA)
Profa. Dra. Rosirene Lima Martins
*Programa de Pós-graduação em Geografia PPGEO (UFAC)
Prof. Dr. Alexsande Oliveira Franco
EMENTA
A interpretação das narrativas das ciências e dos saberes locais sobre os fenômenos espacial (o território dos coletivos humanos e não-humanos) e histórico (o tempo social e biológico) que configuram a sociobiodiversidade paisagístico-territorial. Para tanto, buscar-se-á apresentar, desde os diversos pontos de vista, (da epistemologia ambiental, das ciências humanas e da etnoecologia) contribuições reflexivas acerca da ecologia política de produção de naturezas.
JUSTIFICATIVA
A abordagem inter e transdisciplinar do conhecimento local da natureza emerge do contexto da crise paradigmática da ciência moderna e da necessidade de se abrir para dialogar com outros saberes. Incluído nesta categoria está o patrimônio tangível e imaterial das coletividades que, a partir de seus territórios, buscam resistir e reafirmar suas identidades diante da modernização e racionalização de seu modo de vida. Baseia-se, portanto, na necessidade de se abrir para dialogar com outros saberes. Neste contexto dialógico,
questiona-se "até que ponto é possível reconstruir cientificamente um sistema de pensamento ou classificação da natureza dos indivíduos pertencentes a diferentes sociedades culturais?" (VIERTLER, 2002: 21). Trata-se, talvez, de um método interpretativo de fala e práticas sociais, como o conhecimento científico e não científico (FLORIANI, 2010). Fala, então, da necessidade de um método de abordagem da ciência do "OUTRO", ou seja, de uma ciência que possua uma cultura específica, para melhor, de uma etnociência baseada em uma descrição densa da ciência do outro, construída a partir do referencial da academia (CAMPOS, 2002). Assim, a abordagem complexa da ecologia de práticas e saberes deve possibilitar a interpretação das narrativas científicas e do conhecimento local sobre os fenômenos espaciais (território dos coletivos humanos e quase humanos) e históricos (tempos sociais e biológicos) que moldam identidades socioterriais, que moldam a diversidade paisagística dos territórios tradicionais e alternativos. (ESCOBAR, 1999; VIVEIROS DE CASTRO, 2002; LATOUR, 2001; SOUSA SANTOS, 1996; BARRERA-BASSOL Y FLORIANI, 2016; FLORIANI Y FLORIANI, 2020).
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Apresentar e Discutir as bases conceituais e metodológicas de abordagem inter(trans)disciplinar acerca das narrativas das ciências e dos saberes locais sobre a diversidade socioterritorial: sistema de práticas, representações e imaginário de territorialidades-subjetividades bioculturais.
• Apresentação de estudos de caso no âmbito dos Grupos de Pesquisa.
METODOLOGIA
• Aulas expositivas, leitura de textos e apresentação de seminários.
Nicolas FLORIANI
1. FLORIANI, N.; FLORIANI, D.; SILVA, A.A.; HALISKI, A.M. Territorializações agroecológicas: saberes, práticas e políticas de natureza em comunidades rurais tradicionais do Paraná. Estudos Sociedade e Agricultura, v. 30, p. e2230103, 2022. Territorializações agroecológicas: saberes, práticas e políticas de natureza em comunidades rurais tradicionais do Paraná | Estudos Sociedade e Agricultura (revistaesa.com)
2. FLORIANI, D.; FLORIANI, N. Ecología de las prácticas y de los saberes para el desarrollo local: territorios de autonomía socioambiental en algunas comunidades tradicionales del centro-sur del Estado de Paraná, Brasil. POLIS (SANTIAGO. EN LÍNEA), v. 56, p. 24-39, 2020. Ecologia das
práticas e dos saberes para o desenvolvimento local: territórios de autonomia socioambiental em algumas comunidades tradicionais do centro-sul do Estado do Paraná, Brasil (openedition.org)
3. BARRERA-BASSOLS, N. (Org.); FLORIANI, N. (Org.). Saberes, Paisajes y Territorios Rurales de America Latina. 1. ed. Nariño: Editora de La Universidad del Cauca, 2018. v. 1. 314p. (16) (PDF) Apresentacao Livro Saberes, Paisagens e Territorios Rurais da America Latina (researchgate.net)
4. FLORIANI, Nicolas; SKEWES, J.C.; RIOS, F.T.; SILVA, A.A.; HALISKI, A.M.; SHIRAISHI NETO, J. Territorialidades da Convivencialidade e do Sentirpensar as Florestas Comunitárias Tradicionais da América Latina. Desenvolvimento e Meio Ambiente (UFPR), n. 50, 2019. 5. Territorialidades da convivencialidade e do sentirpensar com as florestas comunitárias tradicionais na América Latina | Floriani | Desenvolvimento e Meio Ambiente (ufpr.br)
5. FLORIANI, N.; CARVALHO, S.M. Sustentabilidade Latente e Resiliência Socioecológica da Floresta Faxinalense. In: CARVALHO, S.M.; FLORIANI, N. (Org.). Faxinal Taquari dos Ribeiros: diálogos interdisciplinares, sustentabilidade e etnoecologia. 1ed.Ponta Grossa: UEPG, 2017, v. 1, p. 11-24 (16) (PDF) APRESENTAÇÃO: Sustentabilidade Latente e Resiliência Socioecológica da Floresta Faxinalense (researchgate.net)
6. FLORIANI, N.; RIOS, F.T.; FLORIANI, D. Territorialidades alternativas e hibridismos no mundo rural: resiliência e reproduçao da sociobiodiversidade em comunidades tradicionais do Brasil e Chile meridionais. Polis (Santiago. en Línea), v. 12, p. 73-94, 2013. polis34_16.p65 (conicyt.cl)
Almir Nabozny
1. ALISTE, E; NÚÑEZ, A. Las fronteras del discurso geográfico: El tiempo y el espacio en la investigación social. Chungara Revista de Antropología Chilena. v. 47, n.02, p.287-301. 2015.
2. BERDOULAY, V. El Sujeto, El lugar y La Mediación del Imaginario. In: LINDÓN, A; HIERNAUX, D (orgs.). GEOGRAFÍAS de lo imaginario. Barcelona: Anthropos Editorial;México: Universidad Autónoma Metropolitana. Iztapalapa, 2012. p.49-65.
3. CLAVAL, P. Epistemologia da Geografia. Florianópolis: UFSC, 2011.
4. DARDEL, E. O Homem e a terra: natureza da realidade geográfica. São Paulo Perspectiva,2011.
5. DIAS, L. C.; FERRARI, M. (orgs). Territorialidades humanas e Redes Sociais. Florianópolis:Insular, 2011.
6. ESCOLAR, M. Crítica do discurso geográfico. São Paulo: HUCITEC, 1996.
7. NOGUÉ, J; ROMERO, J. (orgs.). Las otras Geografías. Valencia: Ed. Tirant La Blanch, 2006.
8. PEREIRA, H. G. Sobre a conceptualização contemporânea do “espaço” na cultura ocidental. Finisterra, L, 100, p.67-80. 2015. doi: 10.18055/Finis7864
9. SANTOS, M; SOUZA, M. A. A de (orgs.). O Espaço Interdisciplinar. São Paulo: Nobel, 1986.
10. SOUZA, M. L de. Os conceitos fundamentais da pesquisa sócio-espacial. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013.6.
Dimas Floriani (DF)
1- Origem e racionalidade das ciências disciplinares da natureza e da sociedade – DF 2- Nuevos sentidos para una ciencia socioambiental – DF
3- Interdisciplinaridade em Ciência, Tecnologia & Inovação – (capítulos do livro organizado por Arlindo Philippi Jr et alii)
4- Interdisciplinariedad y sistemas complejos – Rolando García 5- Os usos sociais da ciência – Pierre Bourdieu
6- Compreender o funcionamento dos sistemas: do equilíbrio mecânico à complexidade dinâmica – (cap. 4) do livro de Kate Raworth (A Economia Donut)
7- Por uma epistemologia da diversidade (cap. 1 do Livro Crítica da Razão Ambiental) – DF 8- La metáfora del holograma social – Pablo Navarro
9- Teorias socioecológicas e abordagens de problemas socioambientais: epistemes e racionalidades plurais – DF (já publicado em Livro. Desconsiderar o lembrete para não citar)
10- Ciência, etnociências e saberes locais – DF – já publicado em livro. Desconsiderar o lembrete para não citar.
11- A ciência em uma sociedade livre – Paul Feyerabend
12- Um discurso sobre as ciências – Boaventura de Sousa Santos
13- Tópicos e referência a textos – autores, para a aula de Filosofia da ciência – Arturo Argueta e Maya Lorena Pérez Ruiz
14- Ruído e Determinismo – diálogos espinosistas entre antropologia e biologia – Henri Atlan 15- A política errou ao ignorar a ciência – entrevista com Carlo Rovelli
16- A questão ambiental na contemporaneidade – DF
17- O Meio ambiente: signo negativo da modernidade ou alegoria de ultraje à natureza? – DF 18- As retóricas da sustentabilidade - DF
Adnilson Almeida Silva
1. ALMEIDA SILVA, Adnilson de. Expressões, Vivências e Representações Indígenas da e na Amazônia. 1. ed. Porto Velho: Temática Editora, 2021. v. 1. 424p . Disponível em: https://bit.ly/expressoes-indigenas-Adnilson
2. ALMEIDA SILVA, Adnilson de. A territorialidade Kawahib e algumas representações do pós- contato. La territorialidad Kawahib y algunas representaciones de post-contacto. In: Narciso
Barrera-Bassols; Nicolas Floriani. (Org.). Saberes locales, paisajes y territorios rurales en América Latina. 1.ed.Popoyán: Universidad del Cauca, 2018, v. 1, p. 103-130. Disponível em:https://patrimoniobiocultural.com/archivos/publicaciones/libros/Sabereslocalespaisajesyterritorios. pdf
3. MEDEIROS, Tássia Karina Alexandre de; ALMEIDA SILVA, Adnilson; SURUÍ, Gasodá Wawaeitxapôh; ARAÚJO FILHO, Isaac Costa; FLORIANI, Nicolas. Os etnoconhecimentos botânicos dos Paiterey e as repercussões no território: uma prévia análise na Aldeia Paiter da Linha 09 - Terra Indígena Sete de Setembro. Confins (Paris), v. 3, p. 1-36, 2018. Disponível em: https://journals.openedition.org/confins/13516
4. SANTANA, Francisco Marquelino; SILVA, Josué da Costa; ALMEIDA SILVA, Adnilson de. Wari’:conversão, identidade cultural e marcadores territoriais na Terra Indígena Igarapé Laje em Rondônia. Ateliê geográfico (UFG), v. 14, p. 112-141, 2020. https://revistas.ufg.br/atelie/article/view/58456/35261
5. PACHECO, Lino Meneses; GORDONESY, Gladys; BRICEÑO; Jacqueline Clarac de. Lecturas Antropológicas de Venezuela. 1.ed. Mérida: Editorial Venezolana, 2007. Disponível em:https://pt.scribd.com/doc/272386140/LECTURAS-ANTROPOLOGICAS-DE-VENEZUELA-blog-pdf
6. CASTRO, Álvaro A. García; HEINEN, H. Dieter. Planificando el desastre ecológico: Impacto del cierre del caño Manamo para las comunidades indígenas y criollas del Delta Occidental (Delta del Orinoco, Venezuela). Antropologica, n.91, 1999: 31-56. http://www.fundacionlasalle.org.ve/userfiles/ant_No_91_31-56.pdf.
As aulas do professor Adnilson de Almeida Silva serão remotas e o link será enviado após matrículas na disciplina.
Rosirene Lima Martins
BOFF,L.
DARDOT, P. & LAVAL C. Comum: ensaio sobre a revolução no século XXI. São Paulo: Boitempo, 2017. III – Proposições Politicas 1,2,3,4,5,6.
HARAWAY,D.
MASSEY, D. Pelo Espaço: uma nova política da espacialidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2008. Parte Cinco: Uma política relacional do espacial. Capítulos 14, 14 e 15.
NETO, J. S.; LIMA, R. M.; ALCOBAÇA L. E. de. Saberes e práticas tradicionais em movimento: a comunidade do Maracanã na rota de um projeto global. Novos Cadernos NAEA v. 21, n. 1, p. 99-115, jan-abr 2018, ISSN 1516-6481 / 2179-7536
SHIVA, V. La mirada del ecofeminismo (tres textos). Polis [En línea], 9 | 2004, Publicado el 22 octubre 2012, consultado el 19 abril 2019. URL : http://journals.openedition.org/polis/7270
Alexsande Oliveira Franco
1. 1. Áreas Naturais Protegidas Brasileiras: gestão, desafios, conceitos e reflexões. Campo Grande: Editora Inovar, 2021. 186p. Organizadores: FRANCO, Alexsande de Oliveira; BENTO, Victor Régio da Silva.
2. FRANCO, Alexsande de Oliveira. (Des) funcionalidades em modelos de gestão territorial e seus reflexos em comunidades tradicionais e rurais da Amazônia Sul Ocidental / Alexsande de Oliveira Franco. Ponta Grossa, 2019. 331 f.
O cuidado essencial: princípio de um novo ethos.
https://revista.ibict.br/inclusao/article/view/1503/1689 .
Situated Knowledges: The Science Question in Feminism and the Privilege of Partial
Perspectives", Feminist Studies, 14 (1988) 575–599.
Governança ambiental no Brasil: instituições, atores e políticas públicas / organizadora: MOURA, Adriana Maria Magalhães. Brasília: Ipea, 2016. 352 p.
PELLIZZARO, Patrícia Costa; HARDT, Letícia Peret Antunes; HARDT, Carlos; HARD, Marlos HARDT; SEHLI, Dyala Assef. Gestão e manejo de áreas naturais protegidas: contexto internacional. Ambiente & Sociedade n São Paulo v. XVIII, n. 1 n p. 21-40, jan.-mar. 2015.
SILVA, Ana Tereza Reis. Áreas protegidas, populações tradicionais da Amazônia e novos arranjos conservacionistas. Revista Brasileira de Ciências Sociais - vol. 34, n° 99, 2019.
6. TOURNEAU, François-Michel Le; BURSZTYN, Marcel. Assentamentos rurais na Amazônia: contradições entre a política agrária e a política ambiental. Ambiente & Sociedade, Campinas v. XIII, n. 1, p. 111-130, jan.-jun. 2010.
FORMULÁRIOS DE INSCRIÇÃO
Nenhum comentário:
Postar um comentário